Hormonas são mensageiros químicos que dizem aos nossos órgãos e células o que fazer, sincronizando todas as suas funções. Os desequilíbrios hormonais desempenham um papel direto no declínio da nossa performance física, emocional e cognitiva, promovendo o envelhecimento. Apesar de todas as discussões, cada vez mais pesquisas sustentadas comprovam os benefícios na otimização dos níveis de DHEA.
A DHEA é o precursor de hormonas mais comum no corpo, e os baixos níveis de DHEA estão associados ao aumento do risco cardiovascular, diabetes, obesidade, perda de energia e de performance sexual, depressão e até mesmo envelhecimento visível da pele.
Só nos últimos anos, surgiram comprovações científicas significativas dos efeitos anti-envelhecimento da DHEA. Finalmente, entre os seus vários benefícios, os seus efeitos neuroprotetores são agora reconhecidos como vitais na proteção da memória e na redução dos sintomas depressivos em adultos mais velhos. Mas não ficamos por aqui. Querem saber mais?
O que é a DHEA?
O nome é longo e ao início complicado de se dizer: DHEA – abreviação de Dihidroepiandrosterona, uma hormona produzida principalmente nas glândulas supra-renais, sendo a mais abundante de todas as hormonas e uma das fontes das hormonas sexuais. O seu declínio progressivo é uma consequência inevitável do envelhecimento e contribui para o aparecimento de doenças degenerativas.
O seu pico de produção ocorre em torno dos 20 anos de idade e a partir dos 30 o organismo passa a reduzir a sua produção, pelo que os níveis da hormona DHEA começam a declinar.
Com o processo de envelhecimento, os nossos níveis de cortisol vão subindo, ao contrário da hormona DHEA, que diminui, tendo como consequências:
envelhecimento cerebral, com redução da capacidade cognitiva
perda de memória
baixa imunidade
graus mais avançados de aterosclerose
maior incidência de doenças cardiovasculares
osteoporose
perda de massa magra, etc..
Esta hormona tem sido tão estudada que atualmente tem sido utilizada como marcador biológico do envelhecimento.
Qual a relação com o envelhecimento?
A queda dos níveis de DHEA, assim como o envelhecimento, estão associados em estudos a diversas doenças como: diabetes, problemas de memória, obesidade, osteoporose, Alzheimer, doenças auto-imunes e imunológicas, cancro e distúrbios provocados pelo stress.
Por volta dos 40 anos, o organismo passa a produzir metade do DHEA que produzia antes e, com o decorrer da idade, o seu declínio continua a aumentar.
Quando atingimos os 70 anos, os nossos níveis de DHEA são provavelmente 75 a 80% mais baixos. Apesar de ser algo que ocorre fisiologicamente com o processo de envelhecimento, vários estudos mostram uma correlação entre os níveis baixos de DHEA e o aumento do risco de morte em idosos.
Um estudo com mais de 2600 homens, com idades entre os 69 e os 81 anos, demonstrou que os homens nos níveis mais baixos de 25% de DHEA tinham:
54% mais probabilidade de morrer por qualquer causa
61% mais probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares
e 67% mais probabilidade de morrer de doença isquémica do coração (ataque cardíaco).
Um estudo de 2010, cuidadosamente elaborado, demonstrou que também as mulheres são vulneráveis aos efeitos de níveis mais baixos de DHEA. Entre as várias conclusões:
mulheres que já estavam em alto risco de doença cardiovascular tiveram um aumento significativo de 155% no risco de morrer de doença cardiovascular
apresentam um aumento de 41% no risco de AVC
os níveis baixos de DHEA-S em mulheres correlacionam-se com aumentos significativos na espessura da parede arterial e reduções no fluxo sanguíneo.
Como saber os níveis de DHEA
Os níveis de DHEA são medidos no sangue, podendo ser possível avaliar as suas duas formas: DHEA e a sua forma “sulfatada”, chamada DHEA-S. No entanto, uma vez que DHEA-S é uma forma mais estável e encontrada em níveis significativamente mais elevados do que DHEA, a forma DHEA-S é a que geralmente deve ser testada no sangue (soro) para avaliar o estado geral de DHEA do corpo.
Há vários sinais e sintomas que nos podem revelar “pistas” de baixos níveis de androgénios:
fadiga
pensamento “nebuloso”
resistência ao stress diminuída
perda de massa muscular
líbido diminuída
envelhecimento rápido.
Mas esses níveis devem ser avaliados e monitorizados.
Modulação hormonal com DHEA
A modulação de DHEA pode atrasar os danos do envelhecimento, já que os seus níveis adequados ajudam a aumentar os níveis de esteróides sexuais, promovendo:
uma melhor capacidade de adaptação ao stress
melhoria da líbido e performance sexual
melhoria da proporção de gordura corporal
reforço do sistema imunológico.
Sendo a DHEA produzida principalmente nas nossas glândulas supra-renais, ela é também produzida nos ovários, testículos, bem como no cérebro. Em cada um desses contextos, desempenha um papel ligeiramente diferente, daí que signifique que possa beneficiar a nossa saúde de várias maneiras.
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